sexta-feira, 24 de novembro de 2017

PESCA ARTESANAL: EXISTE E RESISTE NO SERTÃO!


Pescadores e Pescadoras Artesanais do sertão do São Francisco e Pajeú, participaram do  7º Seminário Seguimento Produtivos no Semiárido, promovido pelo NEPPAS Núcleo de Estudos, Pesquisas e Práticas Agroecológicas do Semiárido, realizado na UAST/UFRPE, nos dias 16 e 17 de novembro de 2017.

O seminário teve como foco a Degradação de Bacias Hidrográficas Intermitentes e sua consequência na Escassez Hídrica na Região. Participaram 24 pescadores e pescadoras dos municípios de: Serra talhada, Petrolândia, Floresta, Itacuruba, Parnamerim e Serrita; além de agricultores familiares, professores e alunos do campos da UAST/UFRPE.

Na ocasião foram apresentados trabalhos de pesquisas realizados na bacia dos rios da região (Paraíba e Pernambuco); o Ciclo da agricultura; as condições atuais dos reservatórios de Pernambuco. Bem como as alternativas de convivência do semiárido e as praticas de manejo florestal.

Os pescadores apresentaram levaram para o seminário a temática “Pesca Artesanal: Existe e Resiste no Sertão”. A pescadora Maria da Guia e o Pescador João Cariolando, apresentaram a vida no cotidiano do dia a dia dos pescadores, a historia de vida e resistência dessas comunidades tradicionais de pescadores, suas lutas, conquista e perspectivas. Também apresentaram o trabalho de Automonitoramento da produção pesqueira artesanal, que vem sendo desenvolvido na região, por inciativa das comunidades pesqueiras que viram a necessidade de quantificar e qualificar sua produção, e mostrar que é do rio que eles tiram seu sustento.

O trabalho começou pelos pescadores/as da Colônia Z 31 de Serrita que realizaram o monitoramento de produção durante os anos de 2009-2013, em Petrolândia os pescadores iniciaram o automonitoramento em 2015, com uma produção de 112.490,5 toneladas de pescados. Em 2016 a produção foi de 106.704,5 toneladas e em 2017 a produção local foi de 98.875,8 toneladas. As experiências dessas duas comunidades estão sendo adotadas e incentivadas nos demais municípios da região, como Serra Talhada, Floresta e Itacuruba. Os pescadores chamaram atenção para a diversidade de espécies de peixes nativos ainda fonte de renda e alimento para os pescadores da região, o monitoramento de produção os permiti-o a identificar a captura de 17 espécies de peixes. Bem como, o fortalecimento dos laços entre os pescadores e a aproximação de novas parcerias. Hoje os pescadores contam com apoio do Conselho Pastoral dos Pescadores e de Professores e Alunos do curso de engenharia de pesca da UAST/UFRPE.

O seminário reforçou ainda os alertas socioambientais, que primam por uma urgente revitalização e recuperação das bacias hidrográficas da região, para uma nova cultura de produção agroecologia e pela valorização e o respeito pelo jeito de ser e de fazer das comunidades tradicionais locais.


 Texto: Pedro João de Souza e Severino Santos 
 Educadores social do CPP Nordeste II
Foto: Arquivo do CPP Floresta.

Um comentário:

  1. A articulaçao das colonias da regiao iniciou em 2008. De la pra cábja foram realizada 04 grande encontros. E mais de 15 reuniao e oficinas. Onde foram discutido organizaçao, direito, meio ambiente entre outros pontos.

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