sexta-feira, 29 de setembro de 2017

SEMINÁRIO SOBRE IMPACTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS DOS PARQUES EÓLICOS NO NORDESTE BRASILEIRO

Pro: Itá Ribeiro e José Élio – Educadores Sociais do CPP Nordeste 02

Nos dias 22, 23 e 24 de setembro deste ano realizou-se o Seminário Sobre Impactos Sociais e Ambientais dos Parques Eólicos no Nordeste Brasileiro, organizado sob uma coordenação ampliada com o CPP, CPT, Instituto Terramar entre outras entidades, este evento é resultado do Fórum Mundial Temático de 2014, em Brasília. A delegação com participantes do Rio Grande do Norte, contou com a participação dos senhores José Élio e Itá Ribeiro, representando o CPP/NE II e mais 08 pessoas do Rio Grande do Norte onde as eólicas já se instalaram ou estão chegando, foram pessoas de Touros, Galinhos, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão/Macau-Guamaré, Praia do Rosado, Ponta do Mel, professor e aluno da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte que vem acompanhando a discussão dos conflitos entre os empreendimentos eólicos e os moradores na praia de São Cristovão, participa da Rede MangueMar/RN.
 


Temas como gênero e geração, que impactos afetam essas pessoas e que caminhos deve se traçar para fortalecer esses sujeitos na atuação junto à questão energética em geral, e em especial a energia eólica, foram focos de trabalhos em grupos; além de outros impactos socioambientais e econômicos como: salinização e presença de oxidação do lençol freático, contratos abusivos, expulsão e morte da fauna, devastação da flora, apropriação de territórios (impedimento de acessos, etc), invasão das áreas e grilagem, corrupção de autoridades, e extinção de nascentes entre outras.

Os impactos a gênero e jovens, foram identificados violência e exploração sexual da mulher, inclusive de mulheres jovens, uso mais frequente de drogas, perda do quintal produtivo, dúvida do futuro, gravidez na adolescência, estupro, proliferação de DST`s. por último foi feito um debate e uma síntese sobre o cenário das expansões dos parques eólicos e a conjuntura política atual.
Foi refletido sobre a construção de propostas alternativas aos modelos dominantes de produção de energia. André do IRPAA falou da experiência de energia alternativa em Juazeiro/BA e Vanúbia da eficiência energética na Paraíba com os fogões ecológicos, biodigestores e a energia solar no assentamento Acauã.
Ao final do encontro, foi proposto um documento de referência para a construção democrática de contraproposta de geração de energia, entendida como bem comum e direito humano. Foram apontadas algumas propostas: garantir os territórios, criar grupos de defesa, desocultação aprofundada sobre os impactos sobre as mulheres, como relacionar esses impactos para as cidades, propostas estrutural de microgeração, concepção política de geração de energia, combate a violência, congelamento da expansão, teia dos povos, desmistificar o discurso de sustentabilidade, fortalecer a comunicação, campanha não assine e ações diretas.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Encontro de Pescadores e Pescadoras Artesanais Urbanos debate dificuldades enfrentadas pela atividade no Recife


Pescadores das comunidades tradicionais pesqueiras da Ilha do Maruim, Coque, Santo Amaro (Ponte do Limoeiro e Espaço Ciência), Coelhos, Bode, Brasília Teimosa, Vila da Imbiribeira, Vila São Miguel, Caranguejo Tabaiares, Vila Tamandaré e Ilha de Deus se reuniram nos dias 18 e 19 de setembro, no Encontro de Pescadores e Pescadoras do Recife, realizado no Memorial de Medicina de Pernambuco. O evento foi resultado de um processo de articulação dos pescadores artesanais, com apoio da ONG Ação Comunitária Caranguejo Uçá, o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) e a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em parceria com a Poupança Comunitária e apoio do CESE, FASE, SOS Corpo, Departamento de Sociologia da UFPE e a TV Universitária de Pernambuco.


No encontro foram discutidas as dificuldades enfrentadas pela atividade pesqueira, abordando temas ligados aos Direitos Trabalhistas e Previdenciários, Educação, Mulheres Pescadoras, Territórios Pesqueiros Urbanos, Produção, Meio Ambiente e Saúde. As temáticas foram resultado de um trabalho de mobilização realizado em agosto, nas comunidades pesqueiras urbanas, com o propósito de ouvir as realidades e especificidades de cada contexto pesqueiro e comunitário, servindo de base para as discussões e encaminhamentos.


O evento também teve a perspectiva de rearticular o Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais, refletir coletivamente e construir processos articulados de lutas e resistência pela conquista e manutenção dos direitos sociais, ambientais e econômicos. Além disso, envolveu os pescadores nos processos  e regulamentações planejadas a nível regional, estadual e nacional, considerando serem estas definições fundamentais na estruturação dos territórios tradicionais pesqueiros.

confira as imagens: