Movimentos de pescadores artesanais e organizações da sociedade civil lançam campanha Mar de Luta - Neste domingo (30), ação marca um ano dos impactos do petróleo nas comunidades pesqueiras e no meio ambiente em Pernambuco
O lançamento da campanha será marcado por uma Live, neste domingo
(30) e, na segunda-feira (31), haverá uma série de mobilizações online com
postagens nas mídias sociais e, ainda, um tuitaço. “O aparecimento das manchas
de petróleo em mais de mil localidades dos nove estados do Nordeste e dois do
Sudeste é o maior desastre ambiental em extensão que o Brasil já viveu. Apesar
disso, os responsáveis ainda não foram identificados”, afirma o educador social do Conselho Pastoral dos Pescadores –
Regional Nordeste, Severino Santos.
Além dos impactos socioeconômicos provocados pelo derramamento petróleo
no litoral pernambucano, muitos pescadores artesanais também não conseguiram
receber o auxílio emergencial durante a pandemia do coronavírus neste ano,
aumentando sua situação de vulnerabilidade.
Entre as demandas da campanha estão a responsabilização do Estado pela
falta de respostas e pesquisas sobre o impacto na saúde da população e sobre os
efeitos socioeconômicos e ambientais. A ação também pede um processo rigoroso
de avaliação e monitoramento das praias, mangues e oceanos atingidos e se opõe
à abertura de novos poços de petróleo nos mares e oceanos.
Fazem parte da Campanha Mar de Luta: O Conselho Pastoral dos Pescadores
(CPP), o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP), Articulação
Nacional das Pescadoras (ANP), Comissão Nacional para o Fortalecimento das
Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros Marinhos (Confrem),
Rede Manguemar e Núcleo de Estudos Humanidades, Mares e Rios da Universidade
Federal de Pernambuco (Nuhumar-UFPE), Coletivo de Comunicação Intervozes.
CULTURA
TRADICIONAL –Em todo o
Nordeste, cerca de 500 mil pescadores artesanais produzem mais de 70% do
pescado que chega à mesa de um milhão de famílias da Região. Pertencente a uma das culturas tradicionais mais importantes do
Brasil, o grupo emprega vinte e cinco vezes mais trabalhadores do que a pesca
industrial. Ao todo, são mais de um milhão de pescadores credenciados no
Registro Geral de Atividade Pesqueira (RGP).
Segundo
cadastro realizado pelas comunidades pesqueiras, associações e colônias de
pescadores, em 2019, o número de pescadores artesanais no litoral pernambucano
é de mais de 11 mil. Na Zona da Mata, Agreste e Serão são aproximadamente 5 mil
pescadores artesanais.
#UmAnoSemResposta | Prestes a completar um ano no dia 30 de agosto, o maior crime ambiental já ocorrido no Brasil continua sem respostas. Pescadores e pescadoras artesanais ainda sofrem os impactos socioeconômicos do derramamento do petróleo no litoral brasileiro. Para relembrar essa data e cobrar respostas do Estado, movimentos de pescadores artesanais e organizações da sociedade civil vão lançar a Campanha Mar de Luta: Justiça Social aos povos das Águas atingidos pelo Petróleo ✊🏾✊🏾, no domingo, dia 30 de agosto. Participe dessa mobilização e saiba mais seguindo os cards! 👇🏾
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