Pescadores
e Pescadoras Artesanais do sertão do São Francisco e Pajeú, participaram do 7º Seminário Seguimento Produtivos no
Semiárido, promovido pelo NEPPAS Núcleo de Estudos, Pesquisas e Práticas Agroecológicas
do Semiárido, realizado na UAST/UFRPE, nos dias 16 e 17 de novembro de 2017.
O
seminário teve como foco a Degradação de Bacias Hidrográficas Intermitentes e
sua consequência na Escassez Hídrica na Região. Participaram 24 pescadores e pescadoras
dos municípios de: Serra talhada, Petrolândia, Floresta,
Itacuruba, Parnamerim e Serrita; além de agricultores familiares, professores e
alunos do campos da UAST/UFRPE.
Na ocasião foram
apresentados trabalhos de pesquisas realizados na bacia dos rios da região
(Paraíba e Pernambuco); o Ciclo da agricultura; as condições atuais dos
reservatórios de Pernambuco. Bem como as alternativas de convivência do
semiárido e as praticas de manejo florestal.
Os pescadores
apresentaram levaram para o seminário a temática “Pesca Artesanal: Existe e
Resiste no Sertão”. A pescadora Maria da Guia e o Pescador João
Cariolando, apresentaram a vida no cotidiano do dia a dia dos pescadores, a
historia de vida e resistência dessas comunidades tradicionais de pescadores,
suas lutas, conquista e perspectivas. Também apresentaram o trabalho de
Automonitoramento da produção pesqueira artesanal, que vem sendo desenvolvido
na região, por inciativa das comunidades pesqueiras que viram a necessidade de
quantificar e qualificar sua produção, e mostrar que é do rio que eles tiram
seu sustento.
O trabalho começou pelos pescadores/as da Colônia
Z 31 de Serrita que realizaram o monitoramento de produção durante os anos de
2009-2013, em Petrolândia os pescadores iniciaram o automonitoramento em 2015,
com uma produção de 112.490,5 toneladas de pescados. Em 2016 a produção foi de 106.704,5
toneladas e em 2017 a produção local foi de 98.875,8 toneladas. As experiências
dessas duas comunidades estão sendo adotadas e incentivadas nos demais
municípios da região, como Serra Talhada, Floresta e Itacuruba. Os pescadores
chamaram atenção para a diversidade de espécies de peixes nativos ainda fonte
de renda e alimento para os pescadores da região, o monitoramento de produção
os permiti-o a identificar a captura de 17 espécies de peixes. Bem como, o
fortalecimento dos laços entre os pescadores e a aproximação de novas
parcerias. Hoje os pescadores contam com apoio do Conselho Pastoral dos
Pescadores e de Professores e Alunos do curso de engenharia de pesca da
UAST/UFRPE.
O seminário reforçou
ainda os alertas socioambientais, que primam por uma urgente revitalização e
recuperação das bacias hidrográficas da região, para uma nova cultura de
produção agroecologia e pela valorização e o respeito pelo jeito de ser e de
fazer das comunidades tradicionais locais.
Educadores social do CPP Nordeste II
Foto: Arquivo do CPP Floresta.
A articulaçao das colonias da regiao iniciou em 2008. De la pra cábja foram realizada 04 grande encontros. E mais de 15 reuniao e oficinas. Onde foram discutido organizaçao, direito, meio ambiente entre outros pontos.
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