Encontro de Mulheres - Olinda/2014. |
A pescadora Josana Pinto veio da cidade de Óbidos, no Pará, para se
juntar a outras 45 mulheres de comunidades pesqueiras de 12 estados do Brasil
no Encontro da Articulação Nacional de Pescadoras (ANP), que acontece desde
ontem, 09, no Centro de Formação Recanto do Pescador, em Olinda/PE. Com apoio
do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o
momento busca formar agentes multiplicadoras em participação na gestão do SUS e
na saúde do trabalhador e da trabalhadora. “Acredito que todas nós vamos sair
empoderadas para, em nossos estados, contribuir melhor para a saúde das
trabalhadoras da pesca”, comenta Josana, que ficará até o último dia do
Encontro, na sexta-feira, 13.
Lia de A-Ver-o-Mar, pescadora Artesanal |
A formação aborda diversas instâncias sobre o SUS e a saúde ocupacional,
especialmente no que tange as políticas públicas específicas para as mulheres e
para o trabalho das pescadoras e das marisqueiras. Para contribuir com o
processo, a ANP conta com a participação de profissionais da área, como a
assistente social sanitarista e responsável pela política de saúde da população
negra do Recife, Sony Maria. A assistente social vem abordando a questão da
prevenção, atenção e direitos dentro da lógica e dos princípios do SUS,
colocando em evidência, inclusive, as questões do preconceito racial. “As
mulheres negras passam por situações mais dolorosas, o tratamento dado a elas é
bastante precário, e isso vai contra os princípios do SUS, é preciso denunciar
isso”, Sony.
Os próximos dias de formação trarão para os debates e conhecimento a saúde do trabalhador e da trabalhadora dentro do contexto dos povos do campo, das florestas e das águas. O grupo ainda aprofundará a temática no que tange o trabalho da pesca artesanal e da mariscagem,
abordando os riscos para doenças e
acidentes nessas atividades. Relacionado a esse debate, as pescadoras tomarão
conhecimento sobre os direitos previdenciários referentes às doenças de
trabalho e os processos de prevenção, tratamento e reabilitação dessas
enfermidades.
Emponderar as pecadoras nesse processo significa fortalecer a luta por vida digna nas comunidades pesqueiras. As mulheres do encontro poderão levar para suas realidades informações sobre como lidar com as questões de saúde e garantir seus direitos nesse âmbito. Vinda de Salinas da Margarida, na Bahia, a pescadora Elionice Sacramento enxerga o momento com força e otimismo. “Essa formação é muito importante para nós, mulheres pescadoras. Está sendo um momento de trabalho muito rico, produtivo e emocionante”, comenta.
Os próximos dias de formação trarão para os debates e conhecimento a saúde do trabalhador e da trabalhadora dentro do contexto dos povos do campo, das florestas e das águas. O grupo ainda aprofundará a temática no que tange o trabalho da pesca artesanal e da mariscagem,
Ana Angélica - Quilombola de Povoação de San Lourenço |
Emponderar as pecadoras nesse processo significa fortalecer a luta por vida digna nas comunidades pesqueiras. As mulheres do encontro poderão levar para suas realidades informações sobre como lidar com as questões de saúde e garantir seus direitos nesse âmbito. Vinda de Salinas da Margarida, na Bahia, a pescadora Elionice Sacramento enxerga o momento com força e otimismo. “Essa formação é muito importante para nós, mulheres pescadoras. Está sendo um momento de trabalho muito rico, produtivo e emocionante”, comenta.
Articulação Nacional de Pescadoras no Brasil (ANP)
A ANP surgiu em 2006, na demanda que existia das mulheres da pesca artesanal se
afirmarem como agentes protagonistas na busca por seus direitos. A articulação
reúne 12 estados de todo Brasil e tem como principais pautas a saúde da mulher
na atividade pesqueira, o combate à violência de gênero, a defesa do território
pesqueiro e o fortalecimento da identidade das pescadoras artesanais.
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Arméle Dornelas
Assessora de comunicação Conselho Pastoral dos Pescadores - Nacional
www.cppnac.org.br
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